Ansiedade: como esse problema pode afetar as finanças?

DATA: 01/05/21 Qualidade de Vida

O Brasil é o país mais ansioso do mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde. A pesquisa de 2019 mostrou que 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população) convivem com o transtorno. Infelizmente, ainda são poucos os que procuram ajuda.

Em tempos de crise financeira e pandemia do coronavírus, esse cenário tende a se agravar — como mostra o estudo do C6 Bank. O estresse desse momento é sentido ainda mais por mulheres, pretos e pardos e pessoas de baixa renda. A pesquisa mostra que 71% das mulheres brasileiras dizem estar mais ansiosas por questões financeiras, contra 63% dos homens. Elas também estão mais estressadas no trabalho: de acordo com dados da PEA (População Economicamente Ativa), 59% das mulheres sentem ansiedade por questões profissionais.

Além disso, 43% dos brasileiros perderam o emprego durante a pandemia da Covid-19, sendo que quem mora nas cidades do interior foram os mais afetados. Pouco mais da metade da população tem medo de não conseguir atender as necessidades da família durante a pandemia, e 37% têm receio de depender da ajuda de outras pessoas para fechar as contas.

Diante de tantas incertezas, fica cada vez mais necessário dar atenção à organização das contas. O problema é que muita gente ainda tem “fobia financeira”, como indica o estudo do Instituto Locomotiva: duas em cada três pessoas sentem algum tipo de medo, cansaço, insegurança ou ansiedade em relação ao dinheiro.

Não resta dúvidas que dificuldades financeiras podem estar associadas a uma série de problemas como depressão, ansiedade, estresse e insônia. Quem tem tendência a esses transtornos, precisa ter o dobro de cuidado, pois o desequilíbrio nas finanças pode acentuar ainda mais a situação.

Quais são as principais dificuldades financeiras?

Esses estudos só comprovam como os brasileiros têm problemas para colocar as contas em dia e lidar de frente com os desafios de cada momento — crises, pandemia etc. 

Algumas atitudes comuns que agravam a tal “fobia financeira” são:

– Não prestar atenção nas taxas de empréstimos ou financiamentos;
– Não analisar documentos, no caso de negociações de dívidas;
– Esquecer pagamentos cotidianos, como aluguel, água, luz, matrícula da faculdade;
– Dividir compras em muitas parcelas e pagar só o mínimo do cartão de crédito;
– Tomar decisões impulsivas, como comprar o que não precisa;
– Contratar empréstimos para solucionar um problema imediato.

Tais dificuldades acabam prejudicando o controle dos gastos e gerando ainda mais ansiedade e medo para lidar com o dinheiro. É claro que, observando o cenário do Brasil em que metade da população vive com menos de R$500 por mês, conseguir pagar todas as contas em dia é um privilégio. Como disse Thiago Godoy, head de educação financeira da Xpeed, para o Estadão: “Talvez o maior problema para começar a educar as pessoas financeiramente é destravar esses medos e ansiedades”.

Dá para ter uma relação saudável com o dinheiro?

Embora o cenário não seja dos mais favoráveis, é possível quebrar algumas das crenças relacionadas ao dinheiro e lidar melhor com as finanças. Não existe receita pronta e cada caso é um caso, especialmente considerando a desigualdade social que a gente vive.

Cuidar das finanças é importante

O primeiro e mais importante passo para ter uma relação saudável com o dinheiro é reconhecer que você precisa dedicar tempo e atenção para cuidar do orçamento mensal. Sem o mínimo de organização, fica difícil tomar as rédeas e controlar os gastos.

Portanto, vale considerar as seguintes dicas:

Enfrente o medo dos documentos e veja quanto está devendo e para quem. Não precisa pagar tudo imediatamente. Apenas saber qual é o valor total das suas dívidas já vai dar uma sensação de controle, e naturalmente isso traz tranquilidade.

Leia também > O que fazer primeiro: pagar dívidas ou investir?

Reorganize suas finanças. Faça uma planilha do quanto ganha e de todos os seus gastos. Contabilize até mesmo os pequenos gastos, como pedidos de delivery, presentes ou compras avulsas. Nesse ponto, é importante ter disciplina para transformar isso num hábito e realizar esse planejamento todo mês.

O que é prioridade para você hoje? Ao analisar a sua vida financeira, você tem uma maior noção do seu estilo de vida e pode considerar fazer algumas mudanças. Tem alguma coisa que deseja conquistar e que vai precisar economizar? Se sim, vale a pena fazer alguns cortes no orçamento agora para conquistar esse objetivo futuro.

Entenda mais > Saiba o que é Ciclo de Vida Financeira e como isso pode te ajudar nos investimentos

Pouco a pouco, cultivando o hábito de organizar seu orçamento e evitando gastos exagerados ou compras supérfluas, é possível ter equilíbrio financeiro. Com a carteira balanceada, as dívidas minimamente pagas ou negociadas, a situação não parecerá tão difícil — e naturalmente vem o sentimento de tranquilidade, que é um dos principais alívios da ansiedade.

Importante: Se a ansiedade estiver atrapalhando demais o seu dia a dia, não se deixe levar pela vergonha ou pelo preconceito, procure uma ajuda profissional.

Existem vários profissionais que oferecem atendimento psicológico gratuito nas universidades do Brasil inteiro. Com a pandemia, muitos desses serviços passaram para o digital, e isso também acaba barateando as consultas. Há várias maneiras de escolher um bom profissional para te acompanhar, já que se trata de um processo longo de crescimento pessoal.

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