O que são IPCA e IGP-M e quais as suas diferenças?

DATA: 01/08/21 Investimentos

O IPCA e o IGP-M são índices que medem a inflação e mostram, por meio da variação dos preços e serviços, qual o custo de vida da população. Apesar de serem índices com fins parecidos, eles não são iguais. Pelo contrário: em alguns momentos,  eles apresentam variações bem discrepantes, pois assumem recortes diferentes.

Entenda a definição de cada um e as principais diferenças entre os dois:

O que é IPCA?

É o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, conhecido como a inflação oficial do país. Seu cálculo inclui apenas os preços do comércio e dos serviços, ou seja, o valor que o consumidor final paga quando faz uma compra.  

Para calcular o IPCA, o IBGE leva em conta o que os brasileiros mais consomem, incluindo alimentos, transporte e roupas, por exemplo. Também descobrem quanto do salário da população é destinado para a compra desses produtos, para determinar o peso que cada um assumirá no cálculo. Os mais consumidos, — como água e alimentação —, têm um peso maior se comparado aos menos adquiridos, como roupas e acessórios. 

Em junho de 2021, o IPCA ficou em 0,53%, acumulando 3,77% no ano e 8,35% nos últimos 12 meses.  

E IGP-M?

Enquanto o IPCA considera apenas os produtos para o consumidor, nas prateleiras das lojas e supermercados, o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) busca medir a variação de custos da atividade econômica – o que também inclui os preços aos produtores.

Ele é uma junção de 3 indicadores com pesos diferentes: 

IPA-M (Índice de Preços ao Produtor Amplo do Mercado): calcula a variação de preços na produção agropecuária e industrial, no setor de atacado. Exemplo: minério de ferro, cana de açúcar e milho.  

IPC-M (Índice de Preços ao Consumidor-Mercado): acompanha os preços de varejo dos produtos consumidos diretamente pelas famílias, como alimentos, roupas, transporte, etc. 

INCC-M (Índice Nacional do Custo da Construção-Mercado): monitora a variação de materiais de construção e mão de obra. 

Para calcular o IGP-M são utilizados 60% do IPA-M, 30% do IPC-M e 10% do INCC-M.

Na prática, o IGP-M passou a ser conhecido como o índice padrão dos aluguéis de imóveis e de algumas tarifas públicas, como a conta de luz. Ou seja, se ele cresce muito em relação à inflação oficial do país (medida pelo IPCA), o reajuste dessas contas pode crescer muito além do poder de compra da população. 

Em junho de 2021, o IGP-M variou 0,60%, acumulando uma alta de 15,08% no ano e de 35,75% em 12 meses. 

Mas afinal, qual é a diferença entre eles?

Com a definição de cada um, ficou muito mais fácil perceber a diferença entre eles, certo?

O IPCA e o IGP-M são retratos da inflação de um determinado período, só que seus cálculos usam referências diferentes. É importante destacar que a principal distinção entre os dois está relacionada à alta do dólar.

Como o IGP-M é formado por indicadores que medem as variações de preço de toda a cadeia produtiva (atacado, consumidor e produtor), esse índice acaba sendo muito mais influenciado pela alta do dólar. Isso porque a matéria-prima e os insumos comercializados mundo afora acabam ficando mais caros, alterando também o preço da produção.

Por fim, são em momentos como estes, quando o real está desvalorizado e o dólar alto demais, que temos um grande distanciamento entre o IGP-M e o IPCA – já que o segundo considera apenas as variações de preços de produtos e serviços consumidos pela população brasileira.
 

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