Quando você economiza e investe o seu dinheiro, o objetivo é que, no futuro, o respectivo apresente ganho de rentabilidade e você possa ter mais dinheiro do que tinha no início. Para que isso aconteça, contamos com os juros, que ajudam o seu dinheiro a render.

Por juros, entendemos que se trata, no caso de um investimento, da diferença entre o valor investido inicialmente e o valor recebido em função do tempo. Os juros nominais, bem como os juros reais, fazem parte desse conjunto de taxas que favorecem o seu investimento, mas existem diferenças entre eles. Vamos entender um pouco mais?

Qual a diferença entre os juros nominais e os juros reais?

Os juros nominais, também conhecido como juros aparentes, estão presentes em financiamentos, investimentos, empréstimos habitacionais etc. Em nossa previdência privada ele está lá, por exemplo quando informamos que o retorno dos investimentos foi de 8% no ano de 2016.

Já os juros reais medem a rentabilidade dos investimentos descontando a inflação no mesmo período. Por isso é chamado de real, pois reflete exatamente quanto o seu dinheiro foi valorizado numa determinada aplicação. Os juros reais trabalham para aumentar efetivamente o valor investido numa aplicação individual ou no patrimônio acumulado pelos participantes, em seu plano de previdência privada, ao longo do tempo.

Como os juros reais descontam a inflação no período do investimento, demonstra que um determinado investimento rendeu o suficiente para aumentar o seu poder de compra, conforme a seguir: A inflação oficial do país medida através do IPCA em 2016 foi 6,29% e a rentabilidade nominal apurada no mesmo período foi 8%, portanto, os juros reais foi de 1,21%.

Juros reais devem ser superior à inflação

Para que a sua aplicação individual ou o seu plano de previdência privada renda mais ao longo do tempo, é preciso que apresente rentabilidade superior à inflação, como podemos constatar no seguinte exemplo: 

Em 23/10/2020 o Banco Central do Brasil (BACEN) publicou a expectativa da taxa de inflação em 2,99% para 2020. Portanto, caso a rentabilidade nominal no ano seja 8%, teremos um retorno real de 4,86%, resultado superior se comparado ao exemplo do ano de 2016. Sendo assim, quanto menor for a inflação, maiores são as chances do seu investimento render melhor através dos juros reais.

Vale ficar atento aos juros reais, pois se estiver no mesmo patamar da inflação, a aplicação estará apenas compensando a variação da inflação, não aumentando o seu patrimônio e poder de compra.

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